Vemos nesses dias as articulações do governo Lula e a Turquia, se envolvendo numa questão tão delicada quanto antiga no cenário internacional, que seria a guerra de influência no Oriente Média, claramente e sempre liderada pelos EUA. É importante entender se é interessante o Brasil colocar em risco sua ascendência política no mundo, tentando mediar o irremediavel problema iraniano, mas, também é importante entender quais são os interesses nesse jogo. Acredito que o Brasil não precisava se expor tanto dentro desse cenário, visto que o próprio Irã não demonstra ser confiavel com relação a acordos passados. Todavia, o fato é que para os EUA e os outros aliados da ONU, há um despreso claro a qualquer tentativa de entrada de outro país nesse nível de influência, simplesmente não é aceito que um emergente pense por sí, tenha ousadia, queira colocar as mangas de fora. O comportamento de subserviência deve ser mantido a todo custo, com alguns falsos afagos para que o emergente se sinta notado, aparentemente valorizado, mas, sem nenhuma ação que o eleve a um nível de respeito notório. A política americana é de liberdade e democracia desde que todos pensem como eles, ou melhor, que aceitem pensar exatamente o que eles mandarem. Nesse momento existem vários interesses que são colocados em jogo, assim, muitos integrantes de peso acabam acuados por um ou outro motivo e sucumbem as suas próprias necessidades. Não sou contra o patrulhamento do Irã e as exigências a ele impostas, mas, e quanto aos outros países com situações parecidas, inclusive na mesma região?
O Paquistão vive conflitos fortes com o terrorismo diariamente, tem problemas com os visinhos indianos, tem notadamente dado casa a muitos grupos terroristas e possui bomba atômica, mas, não me parece haver preocupação com o seu arsenal, por ser aliado direto americano. Mas, principalmente Israel detem ogivas nucleares, tecnologia de bomba atômica desde os anos 70 e nunca teve suas instalações vistoriadas por algum órgão regulador. Qual seria o motivo, se não fosse a extrema proteção americana aos programas judeus? No entanto, quando há algum conflito na Faixa de Gaza, a matança de civis e absurdamente implementada em nome da proteção contra o terrorismo. Não são respeitados quaisquer pedidos da Onu ou outros paises para que se contenha a matança, e não se impõe embargo algum nos judeus, não se cobra responsabilidade alguma pelos seus atos na região. Há uma vitalícia "Licenca Para Matar" dada aos judeus pela "fraca" ONU e seus principais integrantes. O desarmamento deve ser buscado de forma unilateral, sem parcialidades ou interesses, porque qualquer ação fora dessa premissa será hipocria plena.
Diante dessa realidade, países como o Brasil tem sim o direito de se meter nesse problema, pelo simples fato de se submeter aos acordos assinados, mas, também para mostrar um novo viés de liderança. Não pode haver um dono da verdade, deve haver uma junção de forças, sem vaidades políticas ou interesses comerciais. O que está em jogo é muito maior do que um acordo comercial ou político, é o futuro das relações internacionais. Temos que combater sempre a prepotência dos gigantes e a subserviência dos pequenos, proclamar direitos, inclusive de ter opinião diferente da dos norte-americanos. A postura brasileira pode até ter um carater ingênuo dentro desse cenário tão negativo para acordos, mas, é sem dúvida alguma, uma postura legítima e digna de respeito.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
INFRA-ESTRUTURA II
Ainda sobre a infra-estrutura geral, ouço ou leio tanta coisa a respeito; argumentos contra, outros a favor e cada qual com seus fortes motivos para justificar o porquê não devemos ou devemos avançar na melhora de nossos meios de transporte ou estradas enfim. Acredito que nenhum argumento pode suplantar a nossa grande necessidade de sermos mais ousados ou menos negligentes em relação a nossas obrigações com o povo e país. Não há como melhorar a qualidade de vida e a perspectiva das vidas futuras, sem esse tipo de investimento, que, sempre parece sacrificante, penoso, caro, e que, a princípio, sempre parece exagado. O fato é que são infindáveis os benefícios diretos e principalmente indiretos quando se faz de forma planejada numa determinada região, investimentos desse porte. No caso específico do trem de alta velocidade Campinas-São Paulo-Rio, existem estudos que revelariam um custo-benefício negativo de início, mas, mesmo que essa seja uma informação relevante, os benefícios indiretos desse projeto são claramente maiores. Imagine o desenvolvimento imobiliário, estrutural, turístico e urbano para uma região como o Vale do Paraíba e é claro, toda a região ao redor da via Dutra ou por onde a linha passar. Sem dúvida alguma essa região não será mais a mesma, pela visibilidade, viabilidade, desenvolvimento, que, naturalmente vai se estabelecer. Sou um entusiasta desse tipo de idéia, porque esse é um dos caminhos para o desenvolvimento. Toda uma cadeia de investimentos é criada, um novo ciclo se forma, e, quando consolidado, estimula novas formas de investimento, com foco nesse sucesso, e toda a população acaba sendo beneficiada. É claro que devemos ter mecanismos mais transparentes para evitar ou diminuir o super faturamento, o encarecimento desordenado das obras, a inviabilidade dos custos. Ouso dizer até que o modelo atual de fiscalização não é satisfatório, contudo, não podemos nos debruçar na nossa burocracia e atrasar ainda mais, sabe-se lá por quantos anos, um investimento tão importante. Temos que enfrentar e vencer esse desafio, pois, é o tipo de porta que cria perspectivas, cria novos modelos a serem seguidos, encoraja outros projetos que podem, neste momento serem apenas sonhos. O Brasil tem todas as condições de parar de assistir o desenvolvimento dos outros, assistir as inaugurações dos grandes empreendimentos nos outros países, e fazer o seu próprio show. Não podemos ter projeto de Governo e sim de Estado.
domingo, 25 de abril de 2010
INFRA-ESTRUTURA
Ultimamente tenho pensado, comentado e me incomodado com a questão que envolve países como o nosso, que se pensa em adiantado estado de desenvolvimento, a ponto ser destaque no cenário internacional, querendo dar opiniões relevantes diante de problemas tão profundos nas realidades de outros povos, mas, enfim, essa é uma longa discussão. O que me incomoda é que uma abordagem mais objetiva quanto aos nossos problemas de infra-estrutura, que, no mínimo atrasam o nosso real desenvolvimento, nunca acontece. São tantos entraves burocráticos, tantos debates, tantas análises, e se vão anos, décadas, e continuamos com fracos aeroportos, sem ferrovias, péssimas estradas, isso sem se falar em educação e saúde. Mas, tudo isso será comentado exaustivamente.
INÍCIO
Bem, eu sou DANIEL FARIA. Sou um entusiasta do pensamento livre, da reflexão por soluções novas e ações concretas para uma realidade melhor em todas as frentes ou todos os segmentos da sociedade. Muitos me consideram um pessimista, mas, ao contrário, sou claramente otimista em relação ao que acredito q possa ser diferente. No decorrer das linhas, páginas, dias, ficará claro o meu anseio de externar toda a realidade do meu pensamento, sem querer ser o dono das verdades, mas, de um raciocínio lúcido do presente.
Assinar:
Postagens (Atom)