terça-feira, 27 de abril de 2010
INFRA-ESTRUTURA II
Ainda sobre a infra-estrutura geral, ouço ou leio tanta coisa a respeito; argumentos contra, outros a favor e cada qual com seus fortes motivos para justificar o porquê não devemos ou devemos avançar na melhora de nossos meios de transporte ou estradas enfim. Acredito que nenhum argumento pode suplantar a nossa grande necessidade de sermos mais ousados ou menos negligentes em relação a nossas obrigações com o povo e país. Não há como melhorar a qualidade de vida e a perspectiva das vidas futuras, sem esse tipo de investimento, que, sempre parece sacrificante, penoso, caro, e que, a princípio, sempre parece exagado. O fato é que são infindáveis os benefícios diretos e principalmente indiretos quando se faz de forma planejada numa determinada região, investimentos desse porte. No caso específico do trem de alta velocidade Campinas-São Paulo-Rio, existem estudos que revelariam um custo-benefício negativo de início, mas, mesmo que essa seja uma informação relevante, os benefícios indiretos desse projeto são claramente maiores. Imagine o desenvolvimento imobiliário, estrutural, turístico e urbano para uma região como o Vale do Paraíba e é claro, toda a região ao redor da via Dutra ou por onde a linha passar. Sem dúvida alguma essa região não será mais a mesma, pela visibilidade, viabilidade, desenvolvimento, que, naturalmente vai se estabelecer. Sou um entusiasta desse tipo de idéia, porque esse é um dos caminhos para o desenvolvimento. Toda uma cadeia de investimentos é criada, um novo ciclo se forma, e, quando consolidado, estimula novas formas de investimento, com foco nesse sucesso, e toda a população acaba sendo beneficiada. É claro que devemos ter mecanismos mais transparentes para evitar ou diminuir o super faturamento, o encarecimento desordenado das obras, a inviabilidade dos custos. Ouso dizer até que o modelo atual de fiscalização não é satisfatório, contudo, não podemos nos debruçar na nossa burocracia e atrasar ainda mais, sabe-se lá por quantos anos, um investimento tão importante. Temos que enfrentar e vencer esse desafio, pois, é o tipo de porta que cria perspectivas, cria novos modelos a serem seguidos, encoraja outros projetos que podem, neste momento serem apenas sonhos. O Brasil tem todas as condições de parar de assistir o desenvolvimento dos outros, assistir as inaugurações dos grandes empreendimentos nos outros países, e fazer o seu próprio show. Não podemos ter projeto de Governo e sim de Estado.
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